De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o Estado tem hoje em funcionamento 19 usinas de biodiesel, com capacidade anual estimada de produzir 713,598 milhões de litros. Os dados foram atualizados até 8 de maio de 2008. O assessor econômico da Federação das Indústria de Mato Grosso (Fiemt), Carlos Vitor Timo, observa que Mato Grosso perdeu para Goiás e Mato Grosso do Sul a corrida pela usinas de etanol, mas está ganhando nas de biodiesel. O que precisa agora é serem desenvolvidas outras matrizes além da soja. Já é usado sebo bovino e outras gorduras animais.
Timo lembra que o maior problema dos frigoríficos está no descarte da graxaria, que são os resíduos gordurosos de aves e suínos. Ao utilizar esse material para produção de biodiesel há dois benefícios. Um do aproveitamento de algo que seria descartado prejudicando o meio ambiente. Outro é a transformação desse dejeto em um combustível ambientalmente correto.
Jorge Santos, do Sindalcool, lembra que Mato Grosso é o maior produtor brasileiro de biodiesel e que com a entrada em funcionamento de novas plantas a produção deve ser ainda maior. Ele frisa que no início deste ano o setor levou um susto por conta da alta de quase 50% no preço do óleo de soja, principal matéria-prima do biodiesel. O produto subiu de R$ 1,8 mil para R$ 2,9 mil a tonelada. A situação foi amenizada porque o governo aumentou o preço ofertado nos leilões de biodiesel. Uma das grandes brigas do produtores com o governo é alto custo de produção do combustível, que não era compensado nos leilões.
As previsões em relação à produção de biodiesel são tão boas que o governo federal decidiu antecipar a mistura de 5% no diesel de 1 de janeiro de 2009 para 1 de julho de 2008.
Fonte: A Gazeta