Laboratório de nanotecnologia pesquisa plásticos biodegradáveis


13/06/2009 00:27

Laboratório de nanotecnologia pesquisa plásticos biodegradáveis

Nanotecnologia amplia os horizontes da Agricultura no País



BRASÍLIA (ABN NEWS) - O Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio (LNNA), da unidade Instrumentação Agrícola da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em São Carlos (SP), inaugurado no final de maio último, no qual o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) aplicou R$ 4 milhões na compra dos equipamentos, via Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), já pesquisa polímeros ou plásticos biodegradáveis, área de grande potencial para produção dos chamados filmes comestíveis, usados em recobrimento de alimentos, entre outras aplicações.

"O laboratório vai explorar um campo bastante amplo para a Embrapa e para a agricultura tropical”, destaca Tatiane Deane de Abreu Sá, que ocupa a presidência da Embrapa de forma interina. Segundo ela, o LNNA será um "foco de convergência" das diversas iniciativas dentro e fora da Embrapa de aplicação da nanotecnologia ao agronegócio, como a pesquisa na área de fibras - em que a nanotecnologia poderá ser usada para produção de fibras mais resistentes; ou o uso de plásticos biodegradáveis muito finos, com propriedades como o aumento da durabilidade dos produtos quando aplicados em embalagens.

A nanotecnologia trabalha na escala nanométrica: um fio de cabelo, por exemplo, tem 30 mil nanômetros de diâmetro; um átomo, em média, 0,2 nanômetro.

Entre as linhas de pesquisa a serem desenvolvidas no LNNA, o incremento dos chamados filmes comestíveis, feitos de plástico biodegradável, é uma das que estão mais avançadas. Os pesquisadores já fazem testes de resistência mecânica com amostras de plásticos biodegradáveis contendo nanoestruturas de origem natural em sua formulação. A pesquisa pode resultar em embalagens para produtos como margarina ou refrigerante.

Segundo a Embrapa, o consumo per capita de plásticos nos países desenvolvidos é da ordem de 60 quilos por ano. Nos Estados Unidos, o plástico corresponde a 30% do volume total de lixo produzido diariamente. Na cidade de São Paulo, das 12 mil toneladas de lixo produzidas por dia, 10% são materiais plásticos.

Outras áreas de pesquisa que poderão se beneficiar da infraestrutura do LNNA são a aplicação de novas ferramentas para biotecnologia e nanomanipulação de genes e materiais biológicos; o desenvolvimento de catalisadores mais eficientes para produção de biodiesel; a utilização de óleos vegetais e outras matérias-primas de origem agrícola para produção de plásticos, tintas e novos produtos; produção de nanopartículas para liberação controlada de nutrientes, pesticidas e drogas; e nanopartículas e nanodeposição de filmes bioativos para biofiltros, membranas e embalagens biodegradáveis e/ou comestíveis para alimentos.

A parte do LNNA já inaugurada tem 700 m². O laboratório deve ser ampliado no futuro. No planejamento da construção, optou-se por usar um padrão modular, de forma a poder expandir a área construída sem precisar de grandes intervenções. "À medida que formos identificando oportunidades de novas parcerias e linhas de pesquisa, podemos aproveitar o pouco que resta do nível horizontal para ampliação, e os alicerces são bons o suficiente para suportar mais três andares", afirma Tatiane.

O LNNA trabalhará com prestação de serviços, em um modelo que a Embrapa ainda está definindo. Um dos modelos considerados pela Embrapa na operação do LNNA é o usado pela Associação Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron (ABTLus), que administra o complexo do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS/MCT), em Campinas (SP). A instituição seleciona propostas apresentadas por pesquisadores dos setores público e privado e destina horas de uso das instalações do LNLS para esses estudos.

Reeducandos: força-tarefa ecológica


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No mês de março foi assinada, entre Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Justiça e Segurança Pública, Fundação Nova Chance e a Eco Bike-Energia Limpa, a implantação do Projeto Biobike na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá.

O projeto Biobike consiste na remodelação de bicicletas, apreendidas pela polícia e que se encontram paradas nos pátios das delegacias de todo o Estado em tricicletas, para que se possa trabalhar na coleta de óleos residuais para serem transformados em biodiesel. Ao todo são 12 reeducandos, do regime fechado, que estão recebendo capacitação nas áreas de soldagem, mecânica, serralheria, pintura, montagem e desmontagem, para que possam colocar em prática e participar do processo de fabricação das bicicletas ecologicamente corretas. A oficina para a fabricação das bicicletas coletoras foi instalada dentro do próprio complexo da Penitenciaria Central.

A ideia do projeto surgiu mediante a necessidade de evitar que as bicicletas apreendidas viessem a enferrujar, bem como encontrar um modo de evitar que, com as chuvas, viesse a se acumular água nos pneus, evitando, assim, a proliferação do mosquito da dengue. De acordo com o técnico da Eco Bike-Energia Limpa, Aldo Marcos da Silva, quando surgiu a ideia, ele pensava em um modo de aumentar a matéria prima do biodiesel de todas as formas. “Então vi na coleta de óleos residuais uma fonte muito atrativa, até porque sabia que podia agregar mais ações no mesmo projeto. Ele ainda conta que é uma forma de geração de emprego para os reeducandos quando saírem da Penitenciaria, pois saberão que podem trabalhar com algo que vai retirar um produto poluente do meio ambiente. “Cada litro de óleo contamina um milhão de litros de água, que depois vira biodiesel, que gera mais empregos. A cada litro de óleo recolhido é gerado outro litro de biodiesel, que substituirá um combustível fóssil, evitando assim a emissão de gases tóxicos na atmosfera. Então contamos com a experiência do Dr. Cabral, do Cempre e da determinação dos Drs. Arnaldo e Mauro, do Tribunal de Justiça do Estado, a Fundação Nova Chance, entre outros parceiros e, com isso, conseguimos fazer com que este projeto acontecesse”, completa Aldo.

Conforme o técnico da Eco Bike-Energia Limpa, os reeducandos que trabalham no projeto, estão entusiasmados e acreditam que, quando saírem, poderão levar uma vida digna e até mesmo um sustento garantido. Aldo revela que alguns reeducandos até buscam mais informações na área do biocombustivel. “O trabalho com os reeducandos tem o objetivo de capacitá-los para o mercado de trabalho, voltado para área de mecânica, solda, pintura, montagem, além de oferecer conhecimento na área de segurança de trabalho, meio ambiente entre outras”, conta Aldo.

Funac e Imeq
Criada há sete meses a Fundação Nova Chance (Funac) também é parceira do projeto Biobikes. Segundo a presidente da Funac, Neide Mendonça, a Corregedoria Geral da Justiça levou a Eco Bike-Energia Limpa até a Sejusp e, em seguida, para a Funac e apresentar o projeto que teve o início de suas articulações em 2008, sendo implantado somente agora. “A Corregedoria Geral da Justiça, através de provimento, nos repassa as bicicletas apreendidas e que não são reclamadas pelos seus donos. Até o momento, a Funac já recebeu cerca de 190 bicicletas, sendo 175 da Delegacia de Nova Mutum e 15 do Juizado da 2ª Vara da Criança e Juventude”, diz Neide.
Ainda participa do projeto Biobikes o Instituto de Metrologia e Qualidade de Mato Grosso (Imeq/MT) que fará a certificação das tricicletas que serão fabricadas.

Benefícios aos reeducandos
Os reeducandos que participam do projeto Biobikes têm, como benefícios pelo trabalho realizado, a diminuição da pena, ou seja, a cada três dias trabalhados, um dia da pena será reduzido, geração de emprego e também renda.

UE impõe tarifas à importação do biodiesel norte-americano

BRUXELAS, Bélgica (AFP) — A União Europeia (UE) decidiu nesta terça tributar a importação de biodiesel de fabricantes norte-americanos ao considerar que os mesmos se beneficiam de subvenções desleais que pnem a indústria europeia, informaram fontes diplomáticas.

Os tributos, que entrarão em vigor no mais tardar em 12 de julho, oscilam entre 230 euros e 409 euros a tonelada dos produtos envolvidos. Serão aplicados durante um período de cinco anos.

O biodieel representa até 80% da produção total dos biocombustíveis na União Europeia (UE), que, por sua vez, os converteu no pilar da estratégia europeia de reduzir as emissões de CO2 e diversificar as fontes de energia.

Com a imposição de tarifas aos produtos americanos, a UE responde a um pedido dos produtores europeus, que acusam seus competidores de se beneficiar de subvenções desleais sob a forma de crédito para impostos ou ajudas diretas para a produção.

Os Estados Unidos são o principal importador de biodiesel na Europa, passando de 7.000 toneladas em 2005 a cerca de um milhão de toneladas no ano passado.

Vale anuncia investimento de US$ 305 milhões na produção de biodiesel

A mineradora Vale anunciou nesta quarta-feira (24) que vai investir 305 milhões de dólares na produção de biodiesel. Por meio de um consórcio com a Biopalma da Amazônia, a empresa pretende iniciar a produção de óleo de palma, em 2014. Serão produzidos ao todo 160 mil toneladas de biocombustível que serão utilizados para alimentar as mais de 200 locomotivas que operam no Sistema Norte da Vale, região Norte do país, além de máquinas e equipamentos de grande porte das minas de Carajás.

Atualmente, a Vale é a maior consumidora de energia do Brasil, com um total de 2,5 bilhões de litros de combustíveis. No Sistema Norte, são consumidos 500 milhões de litros de diesel. A intenção da mineradora é transformar todo esse consumo para o biodiesel de palma, o que equivale a 20% de todo o consumo energético da empresa.

O plantio de palma já teve início neste ano em uma área de 5 mil hectares. Ao todo serão plantados 60 mil hectares em uma área de 130 mil hectares no centro-norte do estado do Pará. O empreendimento ficará localizado nos municípios paraenses de Moju, Tomé-Açú, Acará, Concórdia e Abaetetuba.

Cerca de duas mil famílias de pequenos produtores serão contempladas na produção da palma no centro-norte do Pará, além da geração de seis mil empregos diretos. Serão construídas seis usinas de extração de óleo cada uma com um custo de R$ 80 milhões.

No Consórcio Vale Biopalma, assinado nesta quarta-feira, 41% é pertencente à mineradora e 59% à empresa responsável pela produção do biodiesel.

CIB lança Guia do Combustível Renovável


O Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB) está lançando o Guia do Combustível Renovável. A publicação traz números atualizados sobre o mercado internacional e texto didático a respeito do processo de fermentação, passando pela utilização de leveduras nos processos industriais até o uso da biotecnologia em microrganismos geneticamente modificados para a produção de diesel renovável.

Cenário atual

Os combustíveis renováveis representam uma das soluções necessárias para diminuir a dependência energética do petróleo e reduzir o aquecimento global. Nos próximos 30 anos, segundo a Agência Internacional de Energia, a demanda por combustíveis crescerá 50% em todo o mundo. Só a procura por variedades líquidas será 55% maior no período.

O etanol e o biodiesel são os primeiros biocombustíveis líquidos já utilizados. O Brasil, além de ser o maior exportador de etanol do mundo, é também o país que mais consome combustíveis renováveis, considerando a frota doméstica de veículos. Esses resultados são fruto da tecnologia desenvolvida por empresas e instituições brasileiras nas últimas três décadas.

“Somam-se ao fato de termos sido um dos pioneiros na fabricação de combustíveis renováveis, a nossa biodiversidade e as boas condições climáticas do País, que permitem o plantio sustentável de matérias-primas utilizadas na produção de biocombustíveis”, esclarece Patrícia Fernandes, professora e pesquisadora Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Em 2008, o Brasil produziu aproximadamente 25 bilhões de litros entre etanol e biodiesel. Somente o etanol gerou US$ 7,8 bilhões em divisas, e o setor sucroalcooleiro emprega mais de um milhão de pessoas. Números elevados para a produção em uma área relativamente pequena: cerca de 3,6 milhões de hectares. Com o uso da biotecnologia na área, esses dígitos devem subir ainda mais, fator determinante para que o País se mantenha na liderança do mercado mundial.

Consultoria Técnica

O Guia dos Combustíveis Renováveis conta com a consultoria técnica dos professores Patrícia Machado Bueno Fernandes (UFES), Fernando Araripe Torres (UnB), Lídia Maria Pepe de Moraes (UnB) e Roberto Rodrigues (FGV).

“Os biocombustíveis representam uma das mais importantes revoluções do século XXI, e o Brasil está na liderança dessa tecnologia. Achamos importante que a população esteja informada sobre os benefícios da biotecnologia nessa área", diz Alda Lerayer, Diretora-Executiva do CIB.

SERVIÇO - GUIA DO COMBUSTÍVEL RENOVÁVEL

- Distribuição gratuita
- Tiragem inicial de 5 mil cópias
- Versão do guia em PDF disponível no site www.cib.org.br
- Envio do guia pelo correio, sem custo, pode ser solicitado pelo site www.cib.org.br
Apoio
- Ministério da Ciência e Tecnologia
- Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
- UNB – Universidade de Brasília
- GV Agro – Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas
- Nites – Núcleo de Inovação Tecnológica do Espírito Santo
- Universidade Federal do Espírito Santo
- União da Indústria de cana-de-açúcar

Biodiesel de dendê vai abastecer 216 locomotivas em Carajás


Biodiesel de dendê vai abastecer 216 locomotivas em Carajás
[Imagem: Vale]

Biodiesel de dendê

A Vale quer que todas as suas locomotivas do sistema Carajás sejam alimentadas por biodiesel de dendê até 2014.

Para isso, a empresa formou uma joint-venture com a Biopalma da Amazônia S.A, criando o maior produtor de óleo de palma, a palmeira de cujo fruto, o dendê, é retirado o óleo. O investimento total será de US$500 milhões. A fábrica de biodiesel propriamente dita será integralmente da Vale.

O objetivo é produzir o combustível que irá alimentar toda a frota de 216 locomotivas do Sistema Norte, bem como as máquinas e equipamentos de grande porte das minas de Carajás.

Menos CO2 emitido

Estima-se que a produção anual de óleo da nova empresa alcance 500 mil toneladas anuais. Parte dessa produção será transformada em 160 mil toneladas de biodiesel para a Vale, que serão utilizadas para auto-consumo. O restante do óleo de palma produzido será comercializado pela Biopalma.

Este volume de biodiesel corresponde à redução de cerca de 12 milhões de toneladas de CO2 equivalente na atmosfera durante a duração do projeto, em relação às emissões do diesel comum, desconsideradas as emissões relativas à cadeia produtiva do biodiesel. Isso corresponde à emissão de mais de 200 mil carros circulando no mesmo período.

Empregos no campo e conservacionismo

O consórcio, que tem 41% de participação da Vale, vai gerar cerca de 6 mil empregos diretos no campo e a possibilidade de renda para 2 mil famílias de pequenos produtores. O empreendimento abrange uma área de cerca de 130 mil hectares, em uma região que possui um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país. Deste total, serão usados 60 mil hectares para o plantio da palma, totalizando 9,3 milhões de mudas até 2013.

Essa área corresponde a aproximadamente 49 mil campos de futebol das dimensões do Maracanã. O restante (70 mil ha) será protegido e recuperado pelo consórcio. Com isso, a Vale contribuirá para a recuperação e a conservação de ecossistemas do bioma Amazônico, estabelecendo na região referência para essas práticas.

Mistura do biodiesel

A partir de 2014, a Vale utilizará a mistura B20 (20% de biodiesel e 80% de diesel comum) na Estrada de Ferro Carajás e em algumas operações de mineração do Sistema Norte. A parceria com a Biopalma vai permitir que a Vale se torne autossuficiente na produção do B20. Ao mesmo tempo, a empresa irá conseguir se antecipar à regulamentação que prevê o uso do B20 para 2020.

Em 2008, o consumo de óleo diesel puro da Vale no Brasil foi de 940 milhões de litros, sendo 336 milhões nas unidades do Sistema Norte. O volume de biodiesel puro (B100 - sem mistura com diesel) consumido no ano foi 19 milhões de litros, sendo 7 milhões no Sistema Norte.

Até o final de 2009, a empresa pretende plantar mais 2 milhões e 300 mil mudas de palma, além das 800 mil que já foram plantadas. Os primeiros frutos para a produção de óleo deverão ser colhidos em 2011. O biodiesel começará a ser produzido em 2014.

Pesquisa na UFSJ pode transformar óleo de soja em biocombustível


julho de 2009

Um dos maiores focos do laboratório de pesquisa em Biocatalisadores e Química de Proteínas da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), instalado no Campus Centro Oeste Dona Lindu, em Divinópolis, está na área de biodiesel. Segundo o coordenador do setor, professor Saulo Luís da Silva, no momento os pesquisadores se debruçam sobre enzimas, isoladas de uma série de fungos amazônicos, a fim de descobrirem qual será a mais eficiente no processo de fabricação do combustível.
“A nossa dificuldade está em encontrar um biocatalisador reaproveitável que age sobre o óleo vegetal, produzindo, basicamente, biodiesel e glicerina pura, de uma forma mais limpa. O aproveitamento é de quase 100% do óleo”, explicou. De acordo com Saulo da Silva, este estudo deve demorar pelo menos cinco anos.
A pesquisa começou em outubro de 2008 e já recebeu verba tanto da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), quanto da UFSJ, no valor de R$ 800 mil. “A ideia partiu da necessidade de se encontrar uma forma mais barata de se produzir o biodiesel. Atualmente, a fabricação do combustível apresenta um alto custo, pois se perde muita matéria prima em função da liberação de subprodutos como a glicerina e o sabão. Além disso, o resultado final apresenta muita sujeira. Portanto, gasta-se mais para purificar o biodiesel do que para produzi-lo”, ressaltou.

Protegendo a natureza
A cidade de Divinópolis, onde está o campus Dona Lindu, não tem um sistema de coleta e tratamento de esgoto eficiente que abranja todo o município. Assim como em São João del-Rei, onde os detritos são jogados diretamente na natureza. Com isso, os óleos seguem poluindo a rede fluvial das cidades.
O professor Saulo da Silva contou que os pesquisadores fizeram uma proposta à prefeitura de Divinópolis para que esta coletasse óleo usado nas residências e restaurantes da localidade e entregasse à Universidade. Este projeto, que se desenvolve independente do financiado pela Fapemig, primeiramente irá utilizar a forma convencional de produção de biodiesel. O combustível resultante poderá ser utilizado para movimentar a frota da administração municipal e do transporte urbano da cidade, podendo provocar o barateamento do preço da passagem e, certamente, poluindo menos o meio ambiente.
“Estamos em fase de implantação da proposta e a prefeitura se comprometeu a construir uma mini usina e a realizar a coleta do óleo. Em contrapartida, produziremos o biodiesel que será distribuído da maneira como o Poder Executivo achar melhor. Nesse momento, os estudos se concentram nos cálculos para saber quanto de óleo sujo precisaremos para produzir uma quantidade suficiente de combustível, que compense o investimento”, detalhou.
A vantagem do biodiesel é que ele provoca a diminuição do consumo do diesel proveniente do petróleo. “É uma grande economia e, ao mesmo tempo, impediríamos que o óleo residual, que não é biodegradável, fosse jogado nos rios. É uma forma de conscientização ambiental”, acredita.
Para finalizar, o coordenador do laboratório lembrou que o custo estimado de implantação da mini usina é de aproximadamente R$ 300 mil e, para que ela seja instalada em qualquer cidade, “basta apenas vontade política”, concluiu.